sábado, 1 de setembro de 2012

KKKatacl-ISMO


 KKKatacl-ISMO

Sem ISMOS! por favor, sem ISMOS!
Gritam reprimindo-me
Neste novo evangelismo  
Que civilizou selvagens, indígenas,
 E Indígenas da Republica,
Jovens “problemáticos”, alienígenas da Republica
Nas novas colónias de mão-de-obra barata
Estala-me nas costas o chicote republicano do Universalismo
Ferem-me os ouvidos com esse
Assimilacionismo,
Acorrentam-me os pés e jogam-me num porão
Com esse Integracionismo,  
Igualdade entre os povos
Tem povos sem igualdade
Com a Europa fechada no seu mundo, sócio-autismo
Despotismo
Sionismo,
Prometendo à vossa terra, todas as terras
(Descom)prometidas com a posse e Individualismo

Por favor, Sem ISMOS!
Só há etnias, povos e comunidades culturais
Não há raças,
Sem raças não há racismo
Sem racismo não há luta
E apenas dialogo intercultural
Mediado por um comissariado
E mediadores deste Paternalismo
Sem sexo não há sexismo
Sem sexismo só há género
Com género não há feminismo
Só igualdade de oportunidade
Oportuna para o machismo

Não há Radicalismo nessa escritura!?
Não há terrorismo nessa cruzada!?
Não há Fundamentalismo nessa missão civilizadora!?
Não há véus nessa Irmã, não há!?
São coisas da minha cabeça,
São coisas de Islamismo!

Tum, Tum, Tum, Tum, Tum, Tum, Tum, Tum
Say It Loud! I’m Black and I’m...
Hold Up! Wait a minute:

É preciso escurecer o Iluminismo
Africanizar o Universalismo
Enegrecer o Puritanismo
Denegrir o Moralismo
Fazer magia negra no Racionalismo
Ethiopizar o cristianismo/
Levar um arrastão ao Capitalismo/
Cabralizar o Socialismo/
Malcomizar o Islamismo/
Empretecer Capitais/
E Continuar esta lista negra
Até que a história de cada um não seja mais/
que um quadro do Cubismo/
É preciso surrealismo/
É preciso Animismo/ candomblé, Voodoo
Tambores falantes, é preciso sacrifício
É preciso degolar o monstro esquizofrénico de duas cabeças
Chamado euro-centrismo/
e oferece-lo a esse paraíso monótono, e insapiente, e insalubre
De onde nunca devia ter saído de bula papal na mão.
Desenhado do alto do estivador da civilização
Que traçou o mapa mundo de bússola e astrolábio
com sagrada bênção/
seguindo a Geografia e cartografia do outro
cartografia do belicismo, do canibalismo
que pintou um Egipto branco por cima do Nubianismo/
que no oriente orientou o ocidentalismo/
antropologia, antro de apologia
da ideologia do selvagem versus civilizado
primitivo versus moderno
mas isso é ciência! não tem nenhum ISMO!
Senão o positivismo, do calculismo do racionalismo
Da visão repleta de miopia e astigmatismo
Estigma!

Do alto de Bruxelas há ordens expressas
Para abortar o multiculturalismo – abort mission
Não há tempo para realizar a agenda de Genebra
Declaração Universal dos Direitos do Homem
(leia-se só do homem, branco, de classe alta) genebra 1945.
2012 Mulheres vão ter de esperar
negros, negras, ciganos, ciganas,
muçulmanos e muçulmanas,
vão ter de esperar, nos balneários
do higienismo social
Qualquer comparação com eugenics, darwinismo
E quiçá nazismo, é pura coincidência, não há ISMOS
A ONU não me deixa falar de Genocídio
pois essa palavra é propriedade do Judaísmo,
mas tal como vejo um Holocausto na faixa de Gaza
vejo faixas de GAZA em cada nova tendência
do Urbanismo
(requalificação, revitalização,
desvitalização de pessoas com problemas que se mantêm, só são mudados de lugar)
Pergunta na Filomena que a Santa deixou sem Casa nem Misericórdia (Câmaras Municipais de GAS)
Só podem falar em Genocídio as ONG´s que os denunciam em nome do seu Humanitarismo
Fund-Raised pelas mesmas multinacionais
Que puxam coltan e diamantes do fundo do seu Filantropismo
Profilaxia humanitária que nos adoece com a sua cura aos nossos problemas
E cura os seus problemas com a nossa doença
(há veneno nesse caixotes de remédios, há veneno nessa milho que cai do avião,
há veneno nesse empréstimo)
Há Mentiras Geneticamente Modificadas que viram Verdade
E matam as colheitas futuras da nossa Liberdade
E removem os fazendeiros da nossa Subsistência
Endividados com os fertilizantes da nossa Dependência
É por isso que há ditadores no Uganda, no Ruanda
Mas há chefe de Estado em Luanda
Há Revoluções com nome de golpe de estado
Há golpes  de estado com nome de revolução
Depende de que lado de Gibraltar ou do Atlântico se está
A fazer rodar o mecanismo da Economia Global
Eufemismo para Imperialismo.

É a agenda da austeridade vinda de Berlim com colaboracionismo
Francês e pauta do Fundo de Miséria Internacional
Livre des-regulação de pessoas e bens. Retenha-se a circulação. R.I.P Shengen
Europa Fortaleza protegida no seu próprio tribalismo
Os bárbaros voltaram do norte para tomar o dito berço da civilização
E devolver a Europa ao Feudalismo – talvez ao Primitivismo
Lucy! Não! É um cro-magnon não é Sapiens!
Apenas aprendeu a contar dinheiro fabricar armas e matar primatas.
Viva o Primitivismo!

A prova de que o tempo não é linear mas sim circular. Os maias estavam
Certos mas não. Isto é misticismo. Esoterismo.
Ou a historia apagada do Imperialismo.
Onde fico nisto? Nos ISMOS?
Eu vi levarem as minhas coisas no mercantilismo
Mas depois virei mercadoria e levaram-me no esclavagismo
Com a qual foi possível enriquecer as nações que avançaram com o capitalismo/
Virei mão de obra-barata no Norte e voltaram a Sul com o colonialismo
Para subir novamente ricos, com um novo mapa
Ironicamente desenhado em Berlim
E hoje sou diáspora desnacionalizada do Imperialismo
Diáspora descidadinizada do Liberalismo
Ou o medalhado automaticamente
Naturalizado pelo esclavo-atletismo
Sou o escravo chicoteado na senzala, negado na Casa Grande,
açoitado na colónia negado na Metrópole,
açoitado no bairro negado no centro
Sempre periférico do Poder
Alvo a abater,
do shenguenismo, do securitanismo
O problema monitorizado do social-voyerismo
Sou o beneficiário forçado do social-controlismo
Entrevistado do Pseudo-Jornalismo
O objecto de estudo da sociologia do Equivoco
Cobaia da Psicologia da Fome
Cortado pelo bisturi da Ecologia do Medo
Realojado
E remetido a analise do Tamanho do Crânio
Na Escola de Chicago. Reprovado. 
Continuo a ser indígena!
Acordo do sonho Americano, sem sinais de Martin Luther nem Gospel
Nas plantações da Nike! Mantem-se o Algodão
Nas cozinhas da McDonalds. Continua o Café
Posto isto não se lê Pós-Colonialismo mas Colonialismo-Pós.
Pois o arrasar das grilhetas ouve-se alto nessa África que foge/
De nós/ arrancada de nós/ como dela arrancaram os nossos avós/
Rumo a norte, onde
Das ruínas da minha dignidade 
Sou o inadaptado do consumismo
Sou o vandalismo, o alcoolismo, o absentismo, o parasitismo
O baixo moralismo, sou o problema e para isso já há ISMOS.
Sou o carjacker, o social disruptive, a disfunctional family
E outros estrangeirismos/
Preciso de empowerment, workfare, benign-neglection, welfare-cuts
E outros neologismos/
Não há ISMOS? Ou são eles que vêem mal estes contrastes pela persistência
Do seu astigmatismo/
Onde não se vêem ISMOS. Vivo KKKatacl-ISMOS


Sr. Preto (chullage)

Escrito a 10 de Abril de 2012
Actualizado a 01 de Setembro de 2012


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