KKKatacl-ISMO
Sem ISMOS!
por favor, sem ISMOS!
Gritam reprimindo-me
Neste novo evangelismo
Que
civilizou selvagens, indígenas,
E Indígenas da Republica,
Jovens
“problemáticos”, alienígenas da Republica
Nas novas
colónias de mão-de-obra barata
Estala-me
nas costas o chicote republicano do Universalismo
Ferem-me os
ouvidos com esse
Assimilacionismo,
Acorrentam-me
os pés e jogam-me num porão
Com esse Integracionismo,
Igualdade
entre os povos
Tem povos
sem igualdade
Com a
Europa fechada no seu mundo, sócio-autismo
Despotismo
Sionismo,
Prometendo
à vossa terra, todas as terras
(Descom)prometidas
com a posse e Individualismo
Por favor, Sem
ISMOS!
Só há
etnias, povos e comunidades culturais
Não há
raças,
Sem raças
não há racismo
Sem racismo
não há luta
E apenas
dialogo intercultural
Mediado por
um comissariado
E
mediadores deste Paternalismo
Sem sexo
não há sexismo
Sem sexismo
só há género
Com género
não há feminismo
Só
igualdade de oportunidade
Oportuna
para o machismo
Não há
Radicalismo nessa escritura!?
Não há
terrorismo nessa cruzada!?
Não há
Fundamentalismo nessa missão civilizadora!?
Não há véus
nessa Irmã, não há!?
São coisas
da minha cabeça,
São coisas
de Islamismo!
Tum, Tum,
Tum, Tum, Tum, Tum, Tum, Tum
Say It Loud!
I’m Black and I’m...
Hold Up!
Wait a minute:
É preciso
escurecer o Iluminismo
Africanizar
o Universalismo
Enegrecer o
Puritanismo
Denegrir o
Moralismo
Fazer magia
negra no Racionalismo
Ethiopizar
o cristianismo/
Levar um
arrastão ao Capitalismo/
Cabralizar
o Socialismo/
Malcomizar
o Islamismo/
Empretecer
Capitais/
E Continuar
esta lista negra
Até que a
história de cada um não seja mais/
que um
quadro do Cubismo/
É preciso
surrealismo/
É preciso
Animismo/ candomblé, Voodoo
Tambores
falantes, é preciso sacrifício
É preciso
degolar o monstro esquizofrénico de duas cabeças
Chamado
euro-centrismo/
e
oferece-lo a esse paraíso monótono, e insapiente, e insalubre
De onde
nunca devia ter saído de bula papal na mão.
Desenhado
do alto do estivador da civilização
Que traçou
o mapa mundo de bússola e astrolábio
com sagrada
bênção/
seguindo a
Geografia e cartografia do outro
cartografia
do belicismo, do canibalismo
que pintou
um Egipto branco por cima do Nubianismo/
que no
oriente orientou o ocidentalismo/
antropologia,
antro de apologia
da
ideologia do selvagem versus civilizado
primitivo
versus moderno
mas isso é
ciência! não tem nenhum ISMO!
Senão o
positivismo, do calculismo do racionalismo
Da visão
repleta de miopia e astigmatismo
Estigma!
Do alto de
Bruxelas há ordens expressas
Para
abortar o multiculturalismo – abort mission
Não há
tempo para realizar a agenda de Genebra
Declaração
Universal dos Direitos do Homem
(leia-se só
do homem, branco, de classe alta) genebra 1945.
2012
Mulheres vão ter de esperar
negros,
negras, ciganos, ciganas,
muçulmanos
e muçulmanas,
vão ter de
esperar, nos balneários
do
higienismo social
Qualquer
comparação com eugenics, darwinismo
E quiçá
nazismo, é pura coincidência, não há ISMOS
A ONU não
me deixa falar de Genocídio
pois essa
palavra é propriedade do Judaísmo,
mas tal
como vejo um Holocausto na faixa de Gaza
vejo faixas
de GAZA em cada nova tendência
do
Urbanismo
(requalificação,
revitalização,
desvitalização
de pessoas com problemas que se mantêm, só são mudados de lugar)
Pergunta na
Filomena que a Santa deixou sem Casa nem Misericórdia (Câmaras Municipais de
GAS)
Só podem
falar em Genocídio as ONG´s que os denunciam em nome do seu Humanitarismo
Fund-Raised
pelas mesmas multinacionais
Que puxam
coltan e diamantes do fundo do seu Filantropismo
Profilaxia
humanitária que nos adoece com a sua cura aos nossos problemas
E cura os
seus problemas com a nossa doença
(há veneno
nesse caixotes de remédios, há veneno nessa milho que cai do avião,
há veneno
nesse empréstimo)
Há Mentiras
Geneticamente Modificadas que viram Verdade
E matam as
colheitas futuras da nossa Liberdade
E removem
os fazendeiros da nossa Subsistência
Endividados
com os fertilizantes da nossa Dependência
É por isso
que há ditadores no Uganda, no Ruanda
Mas há
chefe de Estado em Luanda
Há
Revoluções com nome de golpe de estado
Há golpes de estado com nome de revolução
Depende de
que lado de Gibraltar ou do Atlântico se está
A fazer
rodar o mecanismo da Economia Global
Eufemismo
para Imperialismo.
É a agenda
da austeridade vinda de Berlim com colaboracionismo
Francês e
pauta do Fundo de Miséria Internacional
Livre des-regulação
de pessoas e bens. Retenha-se a circulação. R.I.P Shengen
Europa
Fortaleza protegida no seu próprio tribalismo
Os bárbaros
voltaram do norte para tomar o dito berço da civilização
E devolver
a Europa ao Feudalismo – talvez ao Primitivismo
Lucy! Não!
É um cro-magnon não é Sapiens!
Apenas
aprendeu a contar dinheiro fabricar armas e matar primatas.
Viva o
Primitivismo!
A prova de
que o tempo não é linear mas sim circular. Os maias estavam
Certos mas
não. Isto é misticismo. Esoterismo.
Ou a
historia apagada do Imperialismo.
Onde fico
nisto? Nos ISMOS?
Eu vi
levarem as minhas coisas no mercantilismo
Mas depois
virei mercadoria e levaram-me no esclavagismo
Com a qual
foi possível enriquecer as nações que avançaram com o capitalismo/
Virei mão
de obra-barata no Norte e voltaram a Sul com o colonialismo
Para subir
novamente ricos, com um novo mapa
Ironicamente
desenhado em Berlim
E hoje sou
diáspora desnacionalizada do Imperialismo
Diáspora descidadinizada
do Liberalismo
Ou o
medalhado automaticamente
Naturalizado
pelo esclavo-atletismo
Sou o
escravo chicoteado na senzala, negado na Casa Grande,
açoitado na
colónia negado na Metrópole,
açoitado no
bairro negado no centro
Sempre
periférico do Poder
Alvo a
abater,
do
shenguenismo, do securitanismo
O problema
monitorizado do social-voyerismo
Sou o
beneficiário forçado do social-controlismo
Entrevistado
do Pseudo-Jornalismo
O objecto
de estudo da sociologia do Equivoco
Cobaia da
Psicologia da Fome
Cortado
pelo bisturi da Ecologia do Medo
Realojado
E remetido
a analise do Tamanho do Crânio
Na Escola
de Chicago. Reprovado.
Continuo a
ser indígena!
Acordo do
sonho Americano, sem sinais de Martin Luther nem Gospel
Nas
plantações da Nike! Mantem-se o Algodão
Nas cozinhas
da McDonalds. Continua o Café
Posto isto
não se lê Pós-Colonialismo mas Colonialismo-Pós.
Pois o
arrasar das grilhetas ouve-se alto nessa África que foge/
De nós/
arrancada de nós/ como dela arrancaram os nossos avós/
Rumo a
norte, onde
Das ruínas
da minha dignidade
Sou o
inadaptado do consumismo
Sou o
vandalismo, o alcoolismo, o absentismo, o parasitismo
O baixo
moralismo, sou o problema e para isso já há ISMOS.
Sou o
carjacker, o social disruptive, a disfunctional family
E outros estrangeirismos/
Preciso de empowerment,
workfare, benign-neglection, welfare-cuts
E outros
neologismos/
Não há ISMOS?
Ou são eles que vêem mal estes contrastes pela persistência
Do seu
astigmatismo/
Onde não se
vêem ISMOS. Vivo KKKatacl-ISMOS
Sr. Preto (chullage)
Escrito a 10 de Abril de 2012
Actualizado a 01 de Setembro de 2012
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